Hoje é dia de cuidar do corpo também!
- Raigil Rosas
- 11 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de jan.
O diário de uma professora e artesã que ainda sonha mudar o mundo.

“As pessoas nem acreditam que faço para mim uma mesa linda com comidas e bebidas saborosas para alimentar o coração.”
Taí uma coisa que me acostumei a fazer e não deixo mais nunca: preparar a mesa para mim. Quando recebo visitas em minha casa - somente para uma refeição, passar uma noite ou alguns dias – preparo as refeições com sabores, perfumes e beleza. Elas gostam, sentem-se abraçadas, acarinhadas... Mas se pensam que faço isso apenas quando estão aqui, saibam que é um total engano. É minha rotina, e com todas as refeições, principalmente depois que saí da casa de mainha.
Certa vez, assistindo uma novela da Globo, Caminho das Índias, vi uma das personagens comentando sobre o cotidiano dos vizinhos brasileiros que só se arrumam para sair de casa. Você já se questionou sobre isso? Fico mais à vontade em casa, porém arrumada (Morro de medo de passar mal e parar no hospital de calcinha furada e cabelos sujos – risos). Mesmo assim fiquei atenta ao questionamento da personagem. Nos ‘montamos’, homens e mulheres, para sair de casa, e melhor ainda para participar de festas, cultos, missas... Engraçado que as pessoas nos conhecem na rua, a exceção são os nossos parentes mais próximos. Aprendi a olhar a mulher que me tornei no espelho (que ainda está lá no quarto das meninas) e através das falas de mainha, irmãs e irmão. O lar da gente é um laboratório de convivências.
Tanto em minha casa, quanto na casa de mainha, mantenho ‘um dia de spa comigo’. Amanheço com tudo programado (ao menos o básico): banho esfoliante, hidratação capilar, vou ao salão para a manicure e sobrancelha... Para encerrar o dia, organizo uma festinha particular. Isso mesmo! Petiscos, vinho e um bom filme. Já sei... Você está questionando o fato de não ter filhos, marido etc e tal. Então, acredito que tudo é uma questão de relacionamento sadio e maduro. Quando minha sobrinha era pequenina (viveu na mesma casa até os seis anos), fazia tudo isso com ela. Hidratava meus cabelos e o dela, banho de esfoliação para as duas, tudo adequado para a idade dela. Minha cunhada participava do spa também. Depois, fotinhas maravilindas. Quando o núcleo familiar de meu irmão mudou de casa, eles mantiveram parte dessas sessões de embelezamento. Meu irmão hidratava o cabelo da filha e ainda fazia penteados (Ela sobreviveu, viu?!).
Penso que o ‘autocuidado’ é importante para a saúde de cada pessoa. Também acredito que se trata de um processo agênero, quer dizer: independente da definição da identidade de gênero. Por último, deve refletir a relação que se estabelece na equidade, quando o casal e seus filhos reconhecem que a convivência harmoniosa acontece no compartilhamento das tarefas do lar e no respeito mútuo. Isso quer dizer que a família precisa acreditar na própria relação e na amizade. Outro dia falava disso com uma amiga, a respeito da ausência de uma rede de apoio aos casais que estão longe de seus parentes consanguíneos. Algo para repensar, né?!
Enfim, os dias estão repletos de compromissos sociais. Ao chegar em casa ainda reverberamos trabalho. Faz-se necessário sermos capazes de agendar o autocuidado. Refletir o resultado desses momentos no cotidiano, inclusive entre as pessoas que nos cercam. Olhar o reflexo do espelho e ser grato pelo resultado da consideração que tem consigo mesmo. Dizer: ‘Bom dia para a pessoa mais linda que vejo agora’.
Palavras-chaves: Alimentação saudável. Autocuidado. Educação. Família. Professora.
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