Admita! Você não está cumprindo o próprio cronograma diário.
- Raigil Rosas
- 25 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de jan.
O diário de uma professora e artesã que ainda sonha mudar o mundo.

“Não devemos permitir que o relógio e o calendário nos ceguem para o fato de que cada momento da vida é um milagre e um mistério.” Herbert George Wells
Acordar todos os dias durante o distanciamento social tem sido difícil, porque meu sono ficou desregulado e acho que o seu também. Atraso a rotina, mesmo assim não deixo de realizar o que programei... Brincadeirinha. Não só deixo de realizar o que programei, como faço coisas que não estavam agendadas (risos). O meu despertador, que por obra da tecnologia fica no celular, tem uma mensagem motivadora para me acordar “Bom dia, Raigil! São 09h00min. No momento em Vitória da Conquista fazem 19º C e a previsão é de um dia ensolarado. Desejo que seu dia seja maravilhoso. Arrasa, garota! Tenha um lindo dia!” – e umas amigas quando dormem aqui e acordam com o despertador (claro!) ficam rindo, falam dele o dia todo e depois de um tempo ainda lembram dele e comentam nas mensagens de WathsApp ou pessoalmente. Como poderia ter um bom dia se o despertador me aprisionasse? Não dá. Né mesmo!?
Em uma situação de normalidade eu costumo cumprir minha agenda quase totalmente, porque aprendi que nela escrevemos dois tipos de compromisso: um lembrete do que executar; e uma ação da qual dependem outras pessoas ou que outras pessoas estão envolvidas. Na primeira situação, o lembrete tem uma data limite ou pode ser substituída/excluída, ou ainda procrastinada – como é o caso de dois amores da minha vida “a música” e “o francês” (Caso estejam pensando que sou uma baita cantora, enganam-se (risos) amo música, mas o violão e a gaita são minhas paixões, meu xodó.). Esses anos todos se passaram e não sei tocar violão, nem gaita de boca e muito menos falar francês. Isso tudo para dizer que procrastinação é o ó. Então, decidi que quando for o momento certo retomarei esses desejos. Entenda, ninguém depende dessas coisas que escolhi fazer, também não machuca outras pessoas e nem mesmo eu. Agora, quando a situação envolve terceiros, é melhor levantar da cama.
Pois é! Quando a agenda nos lembra de um compromisso que envolve outra pessoa de alguma maneira, sugiro não esperar ela desmarcar. Tome a dianteira e reagende, caso seja possível, ou cancele definitivamente se não estiver afim. Acredito que seja mais honesto com ambos. Do contrário, deixará caraminholas na cabeça dessas figuras, como: Aconteceu algo terrível? Será que posso ajudar? O problema sou eu? ;( Confesso. É assim que me sinto quando as pessoas me deixam esperando, ao invés de somente ligar/escrever e avisar que não pode vir, mudou de ideia, sei lá... Ou seja, a agenda não deveria escravizar você, mas orientar seus passos para não se perder no meio de tantos redemoinhos presentes no mundo contemporâneo.
Embora repitam por aí que “a gente nasce e morre só”, acredite: isso não é verdade! Tenho minhas razões para pensar diferente. Para nascer, precisei de minha mãe para gerar meu corpo por longos 9 meses, depois de sua força para me expulsar de seu ventre, também de alguém para me aparar. Quanto a morrer, não sei, nunca morri (e pretendo não morrer tão cedo), mas possuo teorias de que se morre acompanhado com as inúmeras pessoas que fizeram parte de nossas vidas, pois somos o conjunto das histórias que compartilhamos no decorrer da vida. Pergunta: o que deseja deixar como lembrança para as pessoas que passaram pela sua vida?
Palavras-chaves: Agenda. Autocuidado. Cronograma. Distanciamento Social. Educação. Professora. Redes Sociais. Tempo.
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