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A gente quase não tem tempo de viver...

  • Foto do escritor: Raigil Rosas
    Raigil Rosas
  • 7 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de jan.

O diário de uma professora e artesã que ainda sonha mudar.

Poemas - Arquivo Pessoal
Poemas - Arquivo Pessoal
“A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo, e faz nossos relógios caminharem lentos, causando um descompasso no meu coração. Solidão. A solidão dos astros. A solidão da lua. A solidão da noite. A solidão da rua.” (Alceu Valença, Solidão – 1984)

Nem acredito que tive a oportunidade de ver o Alceu em uma live. Esse mesmo, Alceu Valença. Atualizadíssimo! (risos) Falando assim até parecemos íntimos, mas é desta forma que me sinto, como uma amante de sua arte. ‘Solidão’ é uma das canções que compunha um repertório de lembranças, constantes bons momentos de distanciamento social de outrora. Porque estar sozinha não é de todo ruim, afinal nos permite administrar todos os barulhos que povoam nossos pensamentos.


Quem me conhece bem de pertinho sabe que escrevo poemas, contos e ensaios. A live de Alceu Valença provocou a revisitação no calhamaço de papeis que guardam meus poemas, e me deparei com alguns questionamentos existenciais: Quem sou? Onde estou? Por que estou aqui? Será que devo continuar na licenciatura? Estou realmente apaixonada? Preciso de tantas coisas mesmo? Economizar ou fazer o que quero com meu dinheiro? ´\0/` “Cale-se. Cala-se. Cale-se. Você me deixa...” Não! Eu preciso escutar. Não se cale. Conte-me o que lhe aflige... Desde então, a solidão tem sido boa companhia para garantir minhas resoluções. E neste momento surgem os memes que tanto ilustram as nossas redes sociais. As pessoas não estão acostumadas consigo mesmas, quem dirá com as outras pessoas. Infelizmente, nessas horas a violência se faz presente, ou o adoecimento mental.


Voltemos! Imagino que seja a realidade de inúmeras figurinhas por aí: começar a trabalhar cedo (antes dos 18 anos, aliás, antes mesmo da idade permitida no Brasil como jovem aprendiz, que é igual a 14 anos – Lei 10.097/2000). Daí, não aprendemos que ter o suficiente é bom; trabalhar muito para receber mais adoece; e que o objetivo da vida é viver o presente. Até a escola contribui com isso, quando sugere que seu principal objetivo é contribuir com um futuro melhor para sua clientela. Ao invés disso, deveria contribuir com o presente para que o futuro seja fruto de cada escolha bem executada no seu cotidiano. E a partir dessa ideia, acredito que os conteúdos fariam mais sentido, uma vez que seriam desenvolvidos conforme a necessidade da comunidade em entender como o mundo funciona.


Enfim, acredito que a gente precisa aproveitar esse tempo, que a natureza nos proporcionou (Sim. A natureza deu uma baita chamada na humanidade. E a gente está feito um formigueiro que foi inundado. Vai passar. Só #ficaemcasa - aqueles que podem, claro! - e devagarinho a vida retoma sua jornada.), para cuidar melhor da pessoa mais importante para cada um de nós. E se você convive com outras pessoas no mesmo ambiente, repense de qual maneira esses relacionamentos podem contribuir para a felicidade mútua. Tenha responsabilidade emocional com quem está ao seu redor. Considere-se uma pessoa afortunada por ter a oportunidade de pensar sobre sua existência nesse mundo. Haja de acordo com o que almeja ser.


Palavras-chaves: Autocuidado. Distanciamento Social. Educação. Professora. Redes Sociais. Solidão.

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